Sétimo dia
Sétimo doze avos
Do ano vinte treze.
Pequenas coisas
Sob pontos de vista
Divergem, conflitam
O que pequeno para mim não é
Para você obviamente é
Mas o óbvio é tão fluido
Que num simples descuido
Ele vira coisa grande quando
Meu belo sapato você calça.
No meu sapato, não existem
Coisas pequenas e ignóbeis
Apenas escândalos e traições
Intolerância, sem paciência
Que rasgam o tecido complexo
Tênue essência da vida
Mas se você conhece a sola
Se é que acha isso relevante
E se consegue fazê-lo sem
Distorção para torná-lo
Conveniente ao seu pé…
Bem, não adianta.
Não é questão de sapatos
Sempre serão meus pés.
Que são parte de mim.
Meus sapatos,
Rotos tornam-se com o uso…